terça-feira, 2 de outubro de 2012

LENTOS




A caminhada parecia não ter fim
Seguia por estreitas passagens
Por estreitas ruelas
Já começava a ouvir o som das águas

Exausta...
Dobrou mais uma esquina
À sua frente
Como uma grande esmeralda
O rio brilhava

Ao ouvir passos
Tentou se virar
Mas o golpe
Em sua cabeça  veio antes...
O mundo explodiu
Em milhares de diamantes

Como o som de um trem
O enjôo e a tonteira
Que a atormentavam foram passando

Um pouco de cor
Voltou ao seu rosto
E os calafrios diminuíram

Como lentos ecos
O medo e a preocupação
Começaram a se desfazer

Mas uma vez sonhara...

Mais uma vez
Sonhara com aquele rosto

O rosto de alguém perdido...

De alguém perdido
Do resto das pessoas

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